O Bahia se despediu da Copa Libertadores da América com uma derrota de virada, no Beira-Rio, por 2 a 1 para o Internacional. O resultado empurra o Esquadrão direto para a fase de Playoffs da Sul-americana.
Em entrevista após a derrota tricolor na casa colorada, o técnico Rogério Ceni afirmou ter faltado maturidade para o time segurar o resultado positivo após ter aberto o placar – no entanto, levou o empate menos de um minuto depois.
“Hoje fizemos a parte mais difícil. Fizemos bom jogo no primeiro tempo. Mas tomamos o gol 39 segundos depois (de fazer o primeiro). Aí falta maturidade. Não pode fazer a parte mais difícil, sair na frente, com jogo muito parelho. Não é nem uma jogada criada, um chutão para frente. E a gente não conseguiu sustentar. E o psicológico sofre mais. Colocamos o Kayky, o Lucho de 9”.
Para o treinador tricolor, a eliminação foi definida após o gol de empate sofrido em tão pouco tempo após abrir o marcador.
“O ponto-chave foi tomar o gol. Infelizmente a gente sofre o gol e dá adeus a essa competição”.
Ceni relata mais uma vez as dificuldades do Bahia no ataque
Ponto principal de críticas nos últimos meses, o ataque do Bahia foi mais uma vez alvo de reclamações por parte do comandante tricolor, que voltou a lamentar a falta de eficácia quando o time chega em momentos de finalizações.
“Frustração. Por mais difícil que fosse o grupo, não jogando Libertadores nos últimos anos, conseguimos construir, conseguimos chegar com controle de jogo. Tivemos dificuldade para converter em gols. Gostaria de ver o Bahia nas oitavas de final. Agora temos que focar no Campeonato Brasileiro”.
Como avalia a campanha do Bahia na Libertadores
Em uma campanha de retorno à competição após 35 anos de ausência, Rogério Ceni falou sobre como avalia a trajetória tricolor, destacando as lesões como fatores que dificultaram ainda mais.
“O Bahia é uma equipe que joga um bom futebol, as pessoas reconhecem. Na maioria dos jogos compete de igual para igual. Enfrentamos três campeões de Libertadores. Temos sempre planejamento a cada ano. Tivemos lesões também cruéis e inesperadas, como as de Kanu e Erick. Estamos na 17ª ou 18ª semana seguida jogando quarta e domingo. Vamos fazer o possível no sentido de concentração e continuar trabalhando. Tivemos, principalmente contra o Nacional, o maior desequilíbrio. Hoje não dá nem para dizer o que aconteceu porque foi muito rápido. Vamos trabalhar, continuar investindo nas ideias de jogo que a gente tem. O grande objetivo da gente é tentar colocar o Bahia novamente na Libertadores. Muitos torcedores nunca tinham vivido. Se a gente quiser algum dia ganhar, temos que viver essa situação mais vezes”.
O Bahia jogará contra um dos segundos colocados da Sul-americana.
Fonte: EC Bahia
Foto: Letícias Martins