
A nova produção da Pixar, “Elio”, traz uma narrativa fofa, visual caprichado e momentos emocionantes, mas peca pela previsibilidade e pela repetição de uma fórmula já bastante explorada pelo estúdio. A animação estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (19) e apresenta elementos típicos de sucessos anteriores, como “Toy Story” (1995), “Monstros S.A.” (2001) e “Procurando Nemo” (2003).
O filme acompanha Elio, um garoto fascinado por vida alienígena e que se sente deslocado entre os humanos, enfrentando uma ameaça intergaláctica enquanto busca fazer amizades. Apesar do adiamento no lançamento e dúvidas sobre a recepção, “Elio” surpreende positivamente em alguns momentos, chegando a comover, ainda que de maneira direta e pouco sutil, informa G1.
No entanto, a sensação de déjà vu é constante, presente desde a primeira cena, um flashback da infância do personagem principal, e permanece ao longo da trama. A produção segue a estrutura tradicional da Pixar, iniciando com um trauma familiar, passando por uma aventura fantástica de um protagonista sonhador e concluindo com um amadurecimento emocional.
Embora tenha sido pioneira na inovação da animação desde os anos 1990, a Pixar parece hoje mais confortável em repetir uma fórmula consolidada, mesmo com sucessos recentes como “Divertida Mente 2” (2024). Para o público infantil, o filme oferece cores vibrantes, ação e diversão, mas dificilmente entrará para o hall dos grandes clássicos do estúdio.