Antes da semifinal contra o Bayern de Munique, marcada para este sábado (5), o atacante Ousmane Dembélé, do Paris Saint-Germain, reconheceu que o time francês subestimou o Botafogo na fase anterior do Mundial de Clubes. Em entrevista ao canal oficial do PSG, o jogador afirmou que a equipe “pagou o preço” por não ter atuado em sua máxima intensidade.
“Houve muitas partidas boas e surpresas também. Pagamos o preço contra o Botafogo. Se você não jogar a 100%, não correr, você perde o jogo. Eles nos surpreenderam”, declarou Dembélé, que também mencionou outras zebras na competição, como a derrota do Manchester City para o Al-Hilal e da Inter de Milão para o Fluminense. “Os clubes brasileiros não são fáceis de se enfrentar”, completou.
Cotado para fazer sua estreia como titular na competição após se recuperar de lesão, o camisa 10 do PSG havia ficado fora da fase de grupos e atuou apenas na goleada sobre o Inter Miami, entrando no segundo tempo. O atleta francês afirmou que optou por não antecipar o retorno aos gramados para garantir uma recuperação completa: “Poderia ter voltado mais cedo, mas queria tirar esse tempo e agora estou me sentindo muito bem.”
As declarações de Dembélé refletem uma percepção cada vez mais recorrente entre jogadores europeus sobre o nível competitivo dos clubes brasileiros. Embora os principais times do continente europeu ainda sejam considerados favoritos em confrontos intercontinentais, os resultados recentes do Mundial mostram que adversários sul-americanos, especialmente os brasileiros, são capazes de equilibrar as disputas e até surpreender favoritos.
Especialistas apontam que, embora o futebol europeu concentre os maiores investimentos e jogadores de elite, o Campeonato Brasileiro se destaca por seu nível de competitividade e imprevisibilidade. Enquanto ligas como a La Liga, Bundesliga e Ligue 1 têm dois ou três postulantes reais ao título, o Brasileirão costuma reunir ao menos dez clubes com chances concretas de disputar o topo da tabela ou vagas em competições continentais.