sexta-feira | 11.07 | 11:53 AM

Festival de Fanfarras do 2 de Julho ganha palco próprio no Campo Grande em Salvador

Evento destaca jovens músicos de escolas públicas e celebra cultura popular como parte das comemorações da Independência da Bahia

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O Largo do Campo Grande, em Salvador, será palco, no sábado (12), a partir das 8h, da terceira edição do Festival de Fanfarras e Balizadores do 2 de Julho. Pela primeira vez, o evento acontece fora do tradicional cortejo cívico, assumindo um formato inédito com palco exclusivo, como parte da programação comemorativa da Independência do Brasil na Bahia. A iniciativa é da Fundação Gregório de Mattos (FGM) e integra os festejos que tiveram início em 28 de junho e seguem até este domingo (13).

Ao todo, participam do festival 18 fanfarras formadas por estudantes de escolas públicas das redes municipal e estadual. Cada grupo terá até 12 minutos de apresentação no palco montado no Campo Grande, sendo avaliado por um júri especializado em critérios como música, performance e cultura popular, informa portal Correio.

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Segundo o coordenador do festival, Talis Castro, o novo formato busca ampliar a visibilidade dos jovens músicos. “A ideia é criar um momento só para eles, com destaque e valorização. Isso é resultado de um diálogo com quem faz essa arte o ano todo. Esperamos consolidar esse novo modelo para as próximas edições”, explica.

A programação contempla apresentações com e sem evolução coreográfica, além de performances dos balizadores. As fanfarras serão julgadas em três categorias:

  • Melhor Fanfarra/Banda com Evolução

  • Melhor Fanfarra/Banda sem Evolução

  • Melhor Balizador

Os três primeiros colocados em cada categoria receberão troféus e certificados.

Além do caráter competitivo, o evento reforça o valor educativo e social das fanfarras. Vencedora da edição de 2023, a fanfarra do Colégio Estadual Reitor Miguel Calmon, de Simões Filho, exemplifica esse impacto. “É um trabalho que envolve cultura, educação e inclusão. Manter esse grupo é uma forma de abrir caminhos para os estudantes e preservar uma tradição que transforma vidas”, afirma o coordenador Elsimar Santana.

O museólogo e pesquisador Vinícius Zacarias, que já atuou como jurado no festival, ressalta a originalidade das fanfarras baianas. “A tradição vem de referências militares e olímpicas, mas aqui ela é reinventada com criatividade, ousadia e crítica social. O festival é uma grande vitrine dessa identidade”, afirma.

O regulamento do festival também estabelece critérios de conduta. Fanfarra que apresentar gestos, trajes ou símbolos ofensivos, ou que remetam a discursos de ódio, será automaticamente desclassificada. O mesmo vale para grupos que ultrapassarem o tempo máximo de apresentação.

Concurso de Fachadas também será premiado

Ainda no sábado (12), a Fundação Gregório de Mattos divulgará os vencedores do Concurso de Decoração de Fachadas do 2 de Julho. A disputa contempla imóveis situados entre o Largo da Lapinha e o Terreiro de Jesus, decorados especialmente para o tradicional cortejo cívico.

Os três primeiros colocados receberão prêmios em dinheiro, oferecidos pelo artista plástico baiano Ray Vianna:

  • 1º lugar: R$ 1.500 + placa comemorativa

  • 2º lugar: R$ 1.000

  • 3º lugar: R$ 500

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