sábado | 02.08 | 9:55 AM

Ararinhas-azuis são infectadas por vírus inédito em aves silvestres no Brasil

ICMBio adota medidas emergenciais e suspende reintrodução de novos indivíduos na Caatinga

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O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) implementou ações emergenciais após identificar infecções por circovírus em ararinhas-azuis de vida livre no município de Curaçá, na região norte da Bahia. O vírus é responsável pela Doença do Bico e das Penas dos Psitacídeos (PBFD) e, até então, nunca havia sido registrado em aves silvestres no Brasil, informa Metro1.

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Diante da gravidade da situação, a reintrodução de novos indivíduos prevista para julho foi temporariamente suspensa. Entre as medidas adotadas estão o recolhimento das aves para realização de exames, o isolamento de casos suspeitos, a desinfecção de áreas de manejo e o reforço nos protocolos sanitários. O número total de animais infectados ainda não foi determinado, uma vez que os testes laboratoriais continuam em andamento. Até o momento, não há indícios de que outras espécies silvestres tenham sido contaminadas.

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A doença apresenta evolução distinta conforme a idade da ave: precoce, aguda ou crônica. Os sintomas incluem diarreia, inflamações no bico e alterações nas penas. Trata-se de uma infecção considerada letal, com expectativa de vida de seis a doze meses após o contágio. Ainda não há cura conhecida para a enfermidade.

O vírus não oferece riscos à saúde humana nem representa ameaça a aves de criação, como galinhas ou patos. Atualmente, existem 11 ararinhas-azuis vivendo em liberdade em Curaçá, resultado da soltura realizada em 2022 como parte do programa de reintrodução da espécie na Caatinga.

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