O cantor e compositor Arlindo Cruz morreu nesta sexta-feira (8), aos 66 anos. Desde 2017, o artista enfrentava complicações decorrentes de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico.
O AVC ocorre quando vasos sanguíneos que irrigam o cérebro entopem ou se rompem, interrompendo a circulação de sangue e provocando a paralisia da área afetada. Segundo o Ministério da Saúde, trata-se de uma das principais causas de morte em todo o mundo.
O tipo hemorrágico, que atingiu Arlindo, representa cerca de 15% dos casos, mas apresenta maior risco de morte em comparação ao AVC isquêmico. Apesar de a idade avançada ser um fator de risco, o AVC também afeta pessoas jovens. Um estudo publicado em outubro de 2023 na revista The Lancet Neurology revelou aumento de 14,8% nos casos entre pessoas com menos de 70 anos no mundo.
No Brasil, a Rede Brasil AVC aponta que cerca de 18% das ocorrências atingem a faixa etária de 18 a 45 anos. Entre os fatores de risco estão hipertensão, obesidade, diabetes tipo 2, tabagismo, sedentarismo, uso excessivo de álcool, colesterol alto, histórico familiar e idade avançada.
A médica neurologista Angelica Dal Pizzol, membro da Rede Brasil AVC, explica que o crescimento de casos em jovens está ligado a hábitos pouco saudáveis, como alimentação inadequada, sedentarismo e obesidade, além de fatores ambientais como mudanças climáticas, altas temperaturas e poluição.
Principais sintomas do AVC, segundo o Ministério da Saúde:
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Confusão mental
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Alteração na visão
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Alteração da fala
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Dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente
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Alteração de equilíbrio e coordenação motora
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Tontura
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Fraqueza ou formigamento em um lado do corpo (rosto, braço ou perna)
*Com informações da CNN Brasil