Com o objetivo de enfrentar a pobreza menstrual que afeta milhões de brasileiras, um grupo de estudantes do Colégio Estadual Professora Sílvia Ferreira de Brito, em Ribeira do Pombal (BA), desenvolveu um absorvente sustentável feito a partir da fibra da bananeira. O projeto surgiu com incentivo do professor Allan dos Santos, que propôs aos alunos uma reflexão sobre problemas locais solucionáveis por meio da ciência. A partir disso, a estudante Bianca sugeriu o uso da fibra da bananeira, planta abundante em regiões rurais, como matéria-prima de alta absorção.
Portanto, os estudantes realizaram testes de esterilização e absorção com apoio da Universidade Federal de Sergipe (UFS), enquanto a parte ginecológica foi acompanhada pela Clínica Dr. Celso. A proposta, dessa forma, alia ciência, sustentabilidade e impacto social e conta ainda com orientação de outros professores da instituição. Atualmente, já há estudos para formas de patenteamento e parcerias para produção em larga escala. “Queremos que esse absorvente chegue a quem mais precisa, com custo acessível e sem agredir o meio ambiente”, destaca Antonio Kelvin, um dos idealizadores.
Além de ser biodegradável e transformar-se em adubo após o uso, o absorvente pode representar uma solução de baixo custo. A saída seria tanto para comunidades carentes quanto para instituições públicas. Assim, a iniciativa integra o programa Bahia Faz Ciência, da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti). A ação reforça o papel da juventude na criação de soluções inovadoras para desafios sociais urgentes.
Foto: Maria Luiza
