segunda-feira | 14.07 | 8:38 PM

Anvisa mantém restrição ao uso estético do PMMA e alerta para riscos à saúde

Substância segue autorizada apenas para aplicações médicas específicas, mas uso irregular ainda é registrado em clínicas

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu manter a proibição do uso do PMMA (polimetilmetacrilato) para fins estéticos no Brasil. O uso da substância permanece restrito a situações médicas específicas, como correção de deformidades na pele e compensação de perda de volume corporal. Não há autorização para aplicações com finalidade puramente estética. Ainda assim, clínicas seguem oferecendo o procedimento de forma irregular.

De acordo com a agência, têm sido recebidas diversas notificações de uso inadequado da substância, inclusive com volumes superiores aos limites estabelecidos. Um exemplo citado é a aplicação em glúteos, que só é permitida em pacientes com lipodistrofia relacionada ao uso de antirretrovirais, e mesmo assim limitada a 60 mL por lado. A Anvisa também destacou a possibilidade de subnotificação de eventos adversos, o que reforça a importância de fiscalização por parte dos conselhos profissionais.

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A reavaliação da regulamentação do PMMA foi iniciada após solicitação do Conselho Federal de Medicina, que propôs a suspensão da comercialização do produto. Apesar dos alertas, a Anvisa concluiu que não há necessidade de rever as autorizações já existentes. O PMMA é um gel plástico não absorvível e pode representar riscos significativos quando utilizado fora dos parâmetros clínicos definidos, informa Metro1.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia alerta que o uso do PMMA pode provocar reações alérgicas, inflamações e formação de granulomas. Já a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica chama a atenção para complicações mais graves, como necroses, embolias, cegueira e até óbitos. Atualmente, apenas dois produtos à base de PMMA têm registro aprovado pela Anvisa, e a manipulação da substância em farmácias é expressamente proibida.

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