Extraído da planta Camellia sinensis, o chá verde é amplamente consumido em diversas partes do mundo e reconhecido por suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. A bebida é frequentemente associada a hábitos de vida mais saudáveis e vem sendo estudada por seus efeitos positivos no organismo.
De acordo com o nutricionista Fernando Castro, que atua em Brasília, os benefícios do chá verde estão ligados principalmente à presença de compostos bioativos, especialmente as catequinas, como a epigalocatequina galato (EGCG). “Essas substâncias atuam como antioxidantes e anti-inflamatórios naturais, auxiliando na redução da inflamação sistêmica, o que é especialmente importante para pessoas com doenças metabólicas ou crônicas”, explica.
Além da ação anti-inflamatória, o chá verde pode colaborar no controle da glicose no sangue. A nutricionista Daniela Alvarenga Ribeiro, de São Paulo, destaca que as catequinas contribuem para uma melhor sensibilidade à insulina e reduzem a absorção de glicose no intestino. “Com isso, o açúcar é mais facilmente absorvido pelas células, o que ajuda no controle glicêmico, especialmente em casos leves de resistência à insulina ou diabetes tipo 2”, afirma.
Outro benefício atribuído à bebida é a estímulo à termogênese, ou seja, o aumento do gasto calórico do organismo. Segundo Daniela, a combinação de catequinas com cafeína promove uma leve elevação no metabolismo basal, podendo contribuir para a queima de gordura. “Não é um fator decisivo para o emagrecimento, mas pode ser um aliado quando utilizado de forma estratégica, aliado a uma rotina saudável”, completa.
Entre outros efeitos positivos, o consumo regular da infusão pode favorecer o equilíbrio da flora intestinal, ajudando no crescimento de bactérias benéficas. O chá verde também está relacionado à redução do colesterol LDL (considerado o “ruim”) e à proteção contra o acúmulo de gordura nas artérias, o que contribui para a saúde cardiovascular. Estudos ainda apontam uma associação entre o consumo da bebida e a menor incidência de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson.
No entanto, o consumo deve ser feito com moderação. O nutricionista Fernando recomenda a ingestão de 2 a 3 xícaras por dia, respeitando a tolerância individual, principalmente quanto à cafeína. “Para pessoas mais sensíveis, o ideal é evitar o consumo no período noturno”, orienta. Ele também alerta para o uso de cápsulas de chá verde, que exigem.
Fonte: Metrópoles