A discussão sobre a possibilidade de a inteligência artificial desenvolver consciência tem ganhado espaço na comunidade científica, mas, até o momento, não há consenso. Pesquisadores seguem investigando o que torna uma experiência verdadeiramente consciente e o que diferencia os seres humanos de sistemas artificiais, informa BBC.
Em um experimento recente, um jornalista participou de uma pesquisa conduzida em uma cabine com estímulos visuais e sonoros. Apesar da semelhança com cenas de ficção científica — como o teste de identificação de humanos e androides no filme Blade Runner —, o objetivo era outro: compreender como o cérebro humano constrói percepções conscientes.
Durante a experiência, o participante foi exposto a uma luz estroboscópica enquanto uma trilha sonora tocava ao fundo. Mesmo com os olhos fechados, relatou ter visto padrões geométricos giratórios, resultado da estimulação cerebral.
Segundo os cientistas envolvidos, o aparelho, apelidado de “máquina dos sonhos”, é uma ferramenta para estudar os mecanismos por trás da consciência humana. A pesquisa busca identificar como o cérebro transforma sinais elétricos em sensações e percepções — um processo ainda não totalmente compreendido.
Enquanto isso, especialistas afirmam que, embora as inteligências artificiais avancem rapidamente em suas capacidades, não há evidências científicas de que essas tecnologias possuam ou estejam próximas de desenvolver consciência semelhante à humana.