Transformar o banho em um momento de cuidado pessoal começa pela escolha do sabonete adequado. Entre as opções mais comuns, em barra ou líquido, a diferença vai além da textura. Segundo a dermatologista cosmética Michele Green, em entrevista ao Yahoo, compreender a fórmula do produto é fundamental para uma escolha consciente e eficaz.
A especialista afirma que ambos os tipos cumprem bem a função de limpeza, sendo eficazes na remoção de impurezas, células mortas e resíduos. No entanto, suas composições variam de forma significativa, o que pode impactar diretamente na saúde da pele, especialmente para quem possui sensibilidade ou tendência a irritações, informa portal Correio.
Os sabonetes em barra, por exemplo, têm um pH mais alcalino e costumam conter mais substâncias químicas potencialmente irritantes. Por isso, podem remover com maior intensidade a oleosidade natural da pele, causando ressecamento e desconforto em peles sensíveis.
Já os sabonetes líquidos, de consistência geralmente cremosa ou gelatinosa, são formulados com pH mais próximo ao da pele humana. Contêm hidratantes e conservantes que evitam o crescimento de microrganismos, tornando-se opções mais suaves e indicadas para quem precisa de cuidados extras com a barreira cutânea.
Além da eficácia e da compatibilidade com a pele, outros fatores também pesam na escolha. A versão sólida tende a ser mais econômica e sustentável, já que sua durabilidade é maior e sua embalagem, menor, gera menos resíduos. Por outro lado, sabonetes líquidos oferecem vantagens em termos de higiene, especialmente em ambientes com compartilhamento do produto, e podem ser utilizados tanto no rosto quanto no corpo, dependendo da formulação.
A dermatologista destaca ainda a importância da leitura dos rótulos. “É essencial observar os ingredientes para garantir que o produto seja adequado ao seu tipo de pele e às suas necessidades”, orienta. Para quem apresenta alergias ou irritações, produtos com base em glicerina e ingredientes naturais são os mais recomendados, assim como aqueles com menos aditivos químicos.
No fim das contas, não há um tipo universalmente melhor. A escolha ideal depende do perfil da pele, do uso pretendido e até de preferências pessoais em relação à textura ou impacto ambiental. O mais importante, segundo a especialista, é prestar atenção aos sinais do corpo e transformar o banho em uma rotina de cuidado consciente e eficaz.