quinta-feira | 28.08 | 12:51 AM

Ofício das baianas de acarajé inicia processo para se tornar Patrimônio Imaterial de Salvador

Entrega da notificação será feita durante a VI Jornada do Patrimônio Cultural e marca reconhecimento da importância sociocultural das baianas na capital baiana

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A Associação Nacional das Baianas de Acarajé (Abam) receberá, nesta quarta-feira (27), a notificação oficial de abertura do processo de Registro Especial que visa reconhecer o ofício das baianas de acarajé como Patrimônio Imaterial de Salvador. A entrega do documento será realizada pela Fundação Gregório de Mattos (FGM), como parte da programação da VI Jornada do Patrimônio Cultural da cidade, que segue até sexta-feira (29), em diversos espaços do Centro Histórico.

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Com base na Lei Municipal nº 8.550/2014, o processo marca o início formal da patrimonialização desse ofício tradicional, reconhecido como símbolo da cultura afrodiaspórica e da identidade soteropolitana. A iniciativa reforça o compromisso da Prefeitura de Salvador em valorizar e preservar práticas culturais enraizadas na história da cidade, informa Alô Alô Bahia.

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“Esse reconhecimento é de grande importância para Salvador, para as baianas e para as filhas e netas que mantêm o legado das que já se foram. Salvador tem a cara das baianas e as baianas têm a cara de Salvador”, afirmou Rita Santos, presidente da Abam.

Para Vagner Rocha, diretor de Patrimônio da FGM, a notificação representa um momento histórico. “Mesmo antes da abertura do processo, ações de salvaguarda já vinham sendo realizadas. Agora, com a patrimonialização iniciada, reafirmamos nosso compromisso com a valorização e preservação do ofício das primeiras afroempreendedoras do Brasil”, destacou.

Com o tema “Centro Histórico de Salvador – Quatro décadas como Patrimônio Mundial”, a VI Jornada do Patrimônio Cultural reúne uma programação diversificada com palestras, mesas temáticas, oficinas, vivências e atrações culturais.

A cerimônia de abertura ocorrerá às 9h, na sede da Abam, com a entrega oficial da notificação. No mesmo dia, haverá palestra sobre o reconhecimento de Salvador pela Unesco, mesa sobre bens imateriais do Centro Histórico, além de oficina de acarajé e degustação.

Nos dias seguintes, os encontros seguem na Casa Vale do Dendê e no Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab), abordando temas como resistências socioculturais, patrimônio material e os futuros possíveis para o Centro Histórico.

As inscrições são gratuitas e estão disponíveis no link:
even3.com.br/vi-jornada-do-patrimonio-cultural-de-salvador-601415

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