sexta-feira | 11.07 | 7:16 AM

Startup afrocentrada fortalece identidade negra com experiências turísticas em Salvador

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Reconhecida como a cidade mais negra fora do continente africano, Salvador abriga uma população com mais de 80% de pessoas autodeclaradas afrodescendentes. A capital baiana carrega uma história profundamente marcada pela presença e resistência de povos africanos escravizados, o que a tornou o berço da cultura afro-brasileira. Nesse cenário, o afroturismo se apresenta como uma poderosa ferramenta para valorizar essa herança ancestral e manter viva a memória dos povos negros.

Segundo António Pita, COO e cofundador da startup Diaspora.Black, “Salvador é uma ótima cidade para se conectar com os ancestrais e conhecer a verdadeira cultura afro-brasileira. Alguns pontos, inclusive, são marcos centrais no turismo brasileiro e até indicações para visitantes estrangeiros, como é o caso do Pelourinho, por exemplo”. A empresa, especializada em experiências afrocentradas, desenvolveu oito roteiros turísticos exclusivos que convidam o público a mergulhar na riqueza da história negra da cidade.

Os itinerários abrangem locais emblemáticos como a Praça Castro Alves, Praça Municipal, Elevador Lacerda, Memorial das Baianas, Terreiro de Jesus, Largo do Pelourinho, Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e a Casa do Benin, espaços onde a presença e a resistência negra se manifestam de forma marcante. Todas as experiências são guiadas por profissionais negros, conhecedores profundos do território, das tradições e da ancestralidade, proporcionando uma imersão autêntica e significativa.

As atividades oferecidas vão além das visitas tradicionais. Incluem vivências gastronômicas, visitas a centros culturais afro-brasileiros e encontros com comunidades locais. O objetivo é ultrapassar o limite da contemplação turística, promovendo a escuta ativa, a valorização da identidade negra e o fortalecimento da cultura afro-brasileira.

Mais do que uma operadora de turismo, a Diaspora.Black atua como uma plataforma de impacto social. A startup prioriza o fortalecimento do empreendedorismo negro, fomenta a geração de renda local e estimula o protagonismo das comunidades que mantêm vivos esses territórios. Como destaca Pita, “o afroturismo vai além do simples turismo, ele é uma ferramenta de valorização cultural, de empoderamento econômico e de reconexão com a ancestralidade”.

 

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Fonte: Alô Alô Bahia

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Foto: Reprodução/Agência Dois Cês

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