Fotos históricas mostram como funcionava as estruturas, das quais duas apenas resistiram simbolicamente mantendo os pontos finais na mesma área, que liga o retorno para a Avenida Carlos Gomes.
Mas a Praça da Sé segue sendo uma das grandes referências da capital baiana. Apesar das inúmeras reformas ao longo dos anos, as estruturas históricas que marcam o local preservam a identidade de um dos pontos turísticos mais visitados de Salvador.
Além dos ônibus, a Praça da Sé já abrigou uma estação de bondes elétricos e foi também um calçadão. Mas a história de fato começa com a Igreja da Sé, cuja construção foi ordenada ainda no século XVI pelos padres jesuítas, liderados pelo padre Manoel da Nóbrega.
A Igreja da Sé era a grande referência do local e podia naquela época, ser avistada da Baía de Todos os Santos. Mas o tempo foi implacável com a obra histórica. O próprio peso da estrutura obrigou ao fechamento da igreja, por questões de segurança.
Reformas e demolições não deram conta das novas demandas que chegavam à cidade. No início da década de 1920, a igreja que já estava fechada foi vendida a uma empresa de operação de bondes elétricos. Foi derrubada para dar lugar à estação de bondes, e de igreja veio a se tornar a famosa praça.
O conhecido monumento da Cruz Caída simboliza essa queda e resguarda a história dessa igreja, ponto de partida para o nascimento da atual Praça da Sé.
Redação: Carlos Baumgarten

