Se você está reclamando do calor que está fazendo em Salvador e na Bahia, se prepare que a tendência é que ele fique ainda pior nos próximos dias. Pelo menos é o que prevê o Climatempo.
A onda de calor que já atinge o sul do país, com temperaturas chegando a 43ºC, esta chegando no estado ainda esta semana e promete mexer com as estruturas do povo baiano: por isso, procure comprar um ventilador a mais, ou caso possa, até mesmo um ar-condicionado, pois ninguém deverá passar imune ao sol a pino e ao vento quente que devem fazer os termômetros baianos chegarem a 40ºC pra cima.
De acordo com a instituição que estuda o clima, a temperatura vai começar a subir a partir de hoje (12) até a próxima sexta-feira (21) principalmente nas regiões do oeste baiano, do Vale do São Francisco e no sertão baiano. Segundo o Clima tempo, a expectativa é que o calor aumente entre 5ºC e 7ºC.
O Ministério da Saúde alerta que ondas de calor são eventos climáticos caracterizados por temperaturas extremamente altas, que superam os níveis esperados para uma determinada região e época do ano.
Embora a capital baiana não entre na classificação de ‘onda de calor’ pelo Climatempo, a sensação dos soteropolitanos é de que se vive em uma ‘sauna natural’ na cidade. A instituição afirma que a temperatura na cidade deve subir em torno de 3ºC a 5ºC, o que não é configurado como ‘onda de calor’.
“Aqui em Salvador o calor chega sem avisar, mesmo. Então, podem até não prever, mas o calor só faz aumentar. Lá em casa não tem ventilador que dê conta. Porque o vento sai quente, então é tão incômodo quanto. Precisamos ficar tomando banho o tempo todo pra refrescar”, contou a técnica de Enfermagem Maria do Carmo Oliveira, 52 anos. Além de Salvador, outras capitais que ficaram de fora da ‘onda de calor’ nos próximos dias foram Florianópolis, Curitiba e Brasília.
Cuidados
Esses períodos de calor intenso podem durar dias ou semanas e são exacerbados pelo aquecimento global, que tem aumentado tanto a frequência quanto a intensidade do calor em várias partes do mundo.
Essas ondas são particularmente perigosas em áreas urbanas devido ao efeito de “ilha de calor”, onde a concentração de edifícios, concreto e asfalto retém mais calor, elevando ainda mais as temperaturas.
Os problemas à saúde são vários: desidratação, pois sa exposição prolongada ao calor pode levar à perda excessiva de líquidos e eletrólitos e se não tratada, pode evoluir para condições mais graves; Insolação e Golpe de Calor – este último uma emergência
médica que ocorre quando o corpo é incapaz de regular sua temperatura interna, levando a sintomas como confusão, convulsões e perda de consciência. Se não tratada rapidamente, pode ser fatal.
O excesso de calor também pode agravar doenças em pacientes com condições cardíacas e respiratórias, pois o esforço adicional para manter a temperatura corporal pode sobrecarregar o coração e os pulmões. Os problemas de saúde mental também aumentam: a exposição prolongada ao calor extremo também pode agravar condições de saúde mental, como ansiedade e depressão, e aumentar o risco de violência e comportamento agressivo.
Entre as orientações, o Ministério da Saúde recomenda a manutenção de ambientes frescos, com ventiladores e ar-condicionado sempre que possível. Ambientes como centros comunitários e shoppings podem servir como refúgio durante os horários mais quentes do dia.
O monitoramento da saúde também se faz necessário, pois pessoas com condições de saúde preexistentes devem monitorar rigorosamente seus sintomas durante ondas de calor e ajustar medicações conforme orientação médica.
Usar roupas leves, de cores claras e de tecidos que permitam a transpiração. Beber água regularmente, mesmo quando não se sente sede, e evitar bebidas alcoólicas ou com cafeína, que podem aumentar a desidratação. Planejar atividades ao ar livre para os horários mais frescos do dia, como a manhã cedo ou o final da tarde. Outra orientação é evitar sair de casa nos horários de pico.
Fonte: Tribuna da Bahia
Foto: Romildo de Jesus
