Redação
O horário de verão muda a forma de comportamento e rotina da sociedade, o que pode não agradar alguns, mas por outro lado, envolve questões ambientais que foram discutidas durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 2, durante a reunião da cúpula do G20, no Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o horário de verão pode ser aplicado no Brasil, pois o país ainda não tem uma matriz energética de 75% como a da França, e que o Brasil tem uma matriz hídrica com potencialidade, o que faz com que o governo continue apostando nela.
“Quando tivemos uma matriz como a da França, de 75% de [energia] nuclear, nós vamos depender menos de uma natureza, mas vamos depender mais da relação internacional, porque não tem urânio, então ela vai depender mais da paz global para que receba urânio da África, para disputar esses espaços dos minerais críticos, especialmente o urânio”, afirmou.
O ministro disse que o horário de verão é uma “possibilidade real”, que ainda não “está tomada”. Ainda reiterou que se não houver “nada que possa mudar o quadro nos próximos dias, a necessidade do horário de verão para o mês de novembro, pode se tornar uma realidade”. Caso seja aplicado no Brasil, o horário de verão começa a valer no país na primeira semana de novembro.
Em 2019, durante seu mandato, Jair Bolsonaro assinou o decreto que revogou o horário de verão. Na época, de acordo com o presidente, a medida não tinha estudos que analisassem a economia de energia no período e como o relógio biológico da população é afetado. Desde então, o Brasil não teve mais horário de verão, o que pode mudar, com base nas próximas medidas do governo.
Caso seja adotado, o recurso irá adiantar os relógios em uma hora durante os meses de primavera e verão, quando os dias são mais longos por causa da luz do sol. O argumento do ministro de Minas mostra que o horário de verão pode reduzir o alto consumo de energia elétrica no país.
Vai ter horário de verão na Bahia?
Ainda não há informações concretas sobre a adoção do horário de verão na Bahia, no entanto, o governo afirma que a medida geralmente não atinge as regiões Norte e Nordeste, sendo mais provável de ocorrer nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.
A Bahia aderiu ao horário de verão pela última vez em 2011, após ter ficado oito anos sem adiantar os relógios.
Horário de verão na região Nordeste
Segundo o governo, o horário prolongado de verão era mais eficaz nas regiões da parte de baixo do país, pois foi percebido que os dias de verão eram mais longos, permitindo que a luz natural fosse melhor aproveitada e o uso da energia reduzida.