quarta-feira | 20.08 | 12:05 PM

Empresa chinesa apresenta robô capaz de simular gravidez com útero artificial

Protótipo desenvolvido pela Kaiwa Technology promete gerar bebês em ambiente sintético, mas levanta preocupações éticas e científicas

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A tecnologia avançou mais um passo rumo a um cenário que até pouco tempo parecia pertencer apenas à ficção científica. Uma empresa chinesa, a Kaiwa Technology, com sede em Guangzhou, anunciou o desenvolvimento de um robô humanóide com capacidade de simular uma gravidez e gerar bebês. A inovação foi apresentada durante a Conferência Mundial de Robôs de 2025, realizada em Pequim., informa Alô Alô Bahia.

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O projeto prevê a criação de um androide equipado com um útero artificial, projetado para carregar um feto por até 10 meses. O embrião se desenvolveria em um líquido amniótico sintético, sendo nutrido por tubos que funcionariam de forma semelhante à placenta.

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De acordo com a empresa, o próximo estágio consiste em integrar esse útero a um corpo robótico que possa interagir com humanos durante todo o processo de “gestação”. A previsão é que o primeiro protótipo esteja disponível em 2026, com valor estimado em 100 mil yuans (cerca de R$ 76 mil).

A Kaiwa defende que a inovação pode oferecer uma alternativa para pessoas inférteis ou que desejam evitar os impactos físicos da gravidez. No entanto, a proposta já gera controvérsias. Especialistas questionam se o sistema robótico conseguirá reproduzir com precisão processos biológicos fundamentais, como as alterações hormonais entre mãe e feto, o papel do sistema imunológico e o desenvolvimento do vínculo afetivo durante a gestação.

Além dos desafios técnicos, o projeto reacende debates éticos sobre os limites da tecnologia e os possíveis impactos sociais de redefinir conceitos tradicionais relacionados à maternidade, reprodução e identidade.

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