Pela primeira vez na história, as mulheres puderam se alistar voluntariamente no Serviço Militar brasileiro. Com o fim do prazo de alistamento encerrado na última segunda-feira (30), o Ministério da Defesa divulgou os números de inscritos em 2025: ao todo, foram 1 milhão de jovens alistados, incluindo 33.721 mulheres. A maior concentração de alistadas foi registrada no estado do Rio de Janeiro, com 8.102 inscrições. Na Bahia, 2.029 mulheres realizaram o procedimento.
As mulheres concorrem a 1.465 vagas disponibilizadas pelas Forças Armadas. Destas, 155 são destinadas à Marinha, 1.010 ao Exército e 300 à Aeronáutica. A seleção contempla diferentes etapas, como seleção geral, designação, seleção complementar e, por fim, incorporação ou matrícula.
As candidatas que forem aprovadas poderão ser incorporadas ainda em 2026, no primeiro semestre (entre os dias 2 e 6 de março) ou no segundo semestre (de 3 a 7 de agosto). Neste período, as alistadas ocuparão a graduação de soldado ou marinheiro-recruta, no caso da Marinha, sendo esta a etapa final em que ainda podem manifestar o desejo de desistência.
As vagas femininas estão distribuídas em unidades militares de 28 municípios localizados em 13 estados, além do Distrito Federal.
Já os jovens do sexo masculino que perderam o prazo para o alistamento militar obrigatório devem procurar a Junta de Serviço Militar mais próxima para regularizar a situação. A multa por atraso será aplicada, e a falta de regularização pode trazer consequências sérias, como a impossibilidade de tirar passaporte, registrar diploma, realizar matrícula em instituições de ensino, assumir cargos públicos ou ingressar em empresas vinculadas ao governo.
Vale lembrar que, diferentemente dos homens, o alistamento militar para mulheres é voluntário
