sábado | 05.07 | 10:30 AM

Marina Silva é alvo de novos ataques durante audiência na Câmara

Ministra do Meio Ambiente foi chamada de “adestrada” e “mal-educada” por parlamentares; respondeu com serenidade aos insultos

0Comentário(s)
Publicidade

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, enfrentou uma série de ataques verbais durante audiência na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, realizada nesta quarta-feira (2). Convocada para prestar esclarecimentos sobre o aumento das queimadas e do desmatamento na Amazônia, a ministra acabou sendo alvo de críticas agressivas por parte de parlamentares da oposição.

O deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES) liderou as investidas contra Marina. Em tom exaltado, afirmou que a ministra “tem dificuldades com o agronegócio” e deslegitimou sua trajetória.

Publicidade

“A senhora nunca trabalhou, nunca produziu, não sabe o que é prosperidade construída pelo trabalho. É a dona da verdade e todo mundo que pensa diferente é do mal”, declarou o parlamentar. Em outro momento, chegou a chamá-la de “mal-educada” e “adestrada”, dizendo ainda que o Ministério do Meio Ambiente está “em péssimas mãos”.

Em resposta, Marina Silva manteve a calma e reagiu com firmeza:

“Hoje de manhã fiz uma longa oração e pedi a Deus para me dar calma, porque sabia que, depois do que aconteceu no Senado, as pessoas achariam normal o que está acontecendo aqui, em um nível piorado. Mas acho que Deus me ouviu, porque estou em paz”, afirmou.

A ministra também rebateu as acusações de inatividade ou desconhecimento:

“Tenho trabalhado muito, mas a história só é enxergada por aqueles que querem enxergar”, declarou, reforçando seu compromisso com a agenda ambiental.

O clima da audiência se agravou ainda mais com a participação do deputado Zé Trovão (PL-SC), que acusou Marina de “não prestar atenção” enquanto ele falava.

“Quando a gente vai falar com alguém, é bom a pessoa prestar atenção”, disse o parlamentar, que também afirmou que a ministra é “uma vergonha”.

Apesar da hostilidade, Marina Silva se manteve serena durante toda a audiência e preferiu concentrar suas respostas nas ações de sua pasta em relação ao combate ao desmatamento e às queimadas na Amazônia.

Publicidade