A estudante universitária Fernanda Costa deixou para os últimos dias a tarefa de escolher o presente do Dia dos Pais e teve dificuldades, em razão do movimento intenso nas lojas. “Sempre deixo para a última hora, mas com essa agonia de gente, fica mais difícil comprar o melhor presente”, disse. Neste ano, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) Salvador tem a expectativa de aumento nas vendas ao longo desta semana na ordem de 3%, em comparação com o mesmo período do ano passado. Conforme a entidade, o tíquete médio deve ficar em torno de R$ 210,00, conforme projeções de pesquisa de mercado e consulta aos parceiros da instituição.
O empresário Caio Souza comemora o movimento e diz que percebe já um incremento em relação ao ano passado. Sua loja de roupas masculinas em um shopping da capital registra maior momento, “superando já as vendas do ano passado”. De acordo o presidente da CDL Salvador, Alberto Nunes, é uma data esperada, que tem força devido ao apelo afetivo. “É sempre um momento importante para o comércio e, considerando o contexto econômico atual, um bom incentivo para atrair o consumidor e ampliar as vendas”, afirmou.
O presidente explicou ainda que, tradicionalmente, os segmentos mais impactados são os de vestuário, calçados, eletrônicos, artigos esportivos e adereços (relógio, pulseira etc). Com um orçamento apertado, a técnica de enfermagem, Márcia Dias, contou que preferiu comprar um presente criativo e barato. “Tenho que economizar, mas quero surpreender meu pai. Vou fazer uma montagem de fotos e personalizar o presente. Vai ficar lindo e dentro das minhas condições”, contou.
Nacionalmente, o Dia dos Pais deve movimentar R$ 27,13 bilhões no comércio e serviços. É o que aponta levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise Pesquisas. De acordo com a pesquisa, 65% dos consumidores pretendem comprar presentes na data comemorativa este ano. Na prática, isso significa que aproximadamente 106,3 milhões de pessoas residentes nas capitais devem ir às compras nas próximas semanas, uma redução nominal de 4,6 milhões de compradores em relação a 2024.
Fonte: Tribuna da Bahia
Foto: Romildo de Jesus
