A falta de informação ou a dificuldade em acessá-la faz com que muitas pessoas não saibam quais são os seus direitos perante a lei enquanto trabalhadoras e, quando essas pessoas vivem em áreas rurais, os desafios se tornam ainda maiores. Sobre esse assunto, a advogada previdenciarista Jacqueline Reis, especialista na área, esclarece as principais dúvidas acerca dos direitos previdenciários dessa fatia da população.
Jacqueline começa esclarecendo que mesmo com os avanços tecnológicos, nem sempre as informações na internet são claras e nem todas as pessoas são familiarizadas com a tecnologia.
“O simples acesso à internet não garante compreensão: a linguagem usada pelos órgãos públicos é técnica, distante da realidade do trabalhador rural, e sem adaptação para quem tem baixa escolaridade.
Também existe o fator cultural e histórico, pois durante décadas, o campo foi pouco incluído nas políticas de informação e capacitação. Criando um distanciamento entre a população rural e os canais formais de acesso a direitos, que não se resolve apenas com tecnologia, é preciso presença física, diálogo direto e linguagem acessível”, disse a advogada.
De acordo com Jacqueline, é exatamente nesse momento que o advogado especialista entra em ação. Ele atua como ponte entre o trabalhador rural e o acesso aos seus direitos. Na prática, isso significa identificar situações de direito que muitas vezes a própria pessoa desconhece e traduzir a lei para uma linguagem simples.O advogado previdenciarista organiza a documentação necessária, comprova o tempo de atividade rural, orienta sobre requisitos específicos e acompanha todo o processo, evitando erros que poderiam levar ao indeferimento do benefício.
A previdenciarista destaca que o seu trabalho atende tanto o trabalhador rural, como cuidadores de pessoas com deficiência e o trabalhador que sofreu um acidente. “Costumo dizer que o advogado previdenciarista transforma vidas devolvendo a dignidade: um aposentado que recebe o benefício a que tem direito pode continuar vivendo no campo com segurança; uma mãe cuidadora que acessa o BPC consegue prover cuidados adequados ao filho com deficiência; um trabalhador acidentado pode garantir renda para sustentar a família”, declarou.
Jacqueline ressaltou que a presença do advogado previdenciarista nas zonas rurais levando informação e conhecimento faz toda diferença na vida dos moradores dessas áreas.
“O papel do advogado é fundamental para garantir que a população rural tenha acesso à informação sobre seus direitos. Muitas vezes, trabalhadores rurais deixam de requerer benefícios previdenciários simplesmente por desconhecimento. A educação jurídica, quando promovida pelo poder público, pode acontecer por meio de campanhas informativas, capacitação de agentes comunitários e parcerias com associações rurais”, concluiu.