sexta-feira | 22.08 | 3:38 AM

Governo Federal vai comprar alimentos perecíveis para merenda escolar e programas sociais

Produtos como frutas, peixes e carnes serão destinados a escolas, hospitais, Forças Armadas e populações em situação de insegurança alimentar

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O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, afirmou na noite da quarta-feira (20), em entrevista à Voz do Brasil, que o governo federal iniciará a compra de alimentos perecíveis, como frutas, peixes e carnes, informa Agência Brasil.

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Segundo o ministro, os produtos serão destinados a diferentes políticas públicas de alimentação, como a merenda escolar, a alimentação das Forças Armadas, de hospitais, restaurantes universitários e programas voltados a populações em situação de insegurança alimentar.

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“O governo vai estimular que estados e municípios possam adquirir esses produtos pelos programas públicos da alimentação escolar”, afirmou Teixeira.

Ele explicou que a medida busca garantir alimentos de melhor qualidade nesses serviços e que a regulamentação é necessária diante da facilidade que alguns setores do agronegócio têm de redirecionar a produção para o mercado externo.

Como exemplo, o ministro citou a castanha, cuja comercialização está voltada para a Europa, e o café, destacando a posição estratégica do Brasil:

“Não tem café no mundo hoje, em lugar nenhum, para substituir o produto brasileiro”, disse.

No caso da carne, o ministro observou que o produto pode ser armazenado e redirecionado, mas ressaltou que alimentos mais perecíveis, como mel, açaí, uva e peixes, precisarão ser absorvidos internamente pelos programas nacionais de compras públicas.

Proteção à cadeia produtiva

Teixeira garantiu que todos os editais de compras públicas do governo federal passarão a incluir a aquisição desses produtos, com o objetivo de evitar desperdício de alimentos.

A proposta, segundo ele, também visa proteger produtores diretos e toda a cadeia produtiva nacional, inclusive exportadores.

“Certamente o governo não tem como pagar o preço em dólar, que é o preço de exportação. Mas o governo tem como pagar o preço do mercado interno”, concluiu.

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