sexta-feira | 20.06 | 11:22 PM

MP pede investigação sobre conduta de policiais em protesto de professores

Durante protesto na manhã de segunda (16/6), grupo de professores foi contido com spray de pimenta. PM afirma que houve tentativa de negociação, mas manifestantes insistiram no bloqueio da entrada da Secretaria de Educação

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O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) determinou à Corregedoria-Geral da Polícia Militar (PMDF) a instauração de um processo de investigação preliminar para apurar a conduta de policiais durante assembleia geral dos professores do DF, ocorrida na manhã de segunda-feira (16/6). Na ocasião, um grupo de professores foi contido com spray de pimenta na entrada do Shopping ID, onde fica a sede da Secretaria de Educação.
A requisição foi feita pela 3ª Promotoria de Justiça Militar, e o prazo para que a PMDF inicie a investigação e apresente uma resposta oficial é de cinco dias. A reação policial gerou tensão. Em nota, o Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) definiu a ação como truculenta. Questionada sobre a conduta, a Polícia Militar afirmou que alguns manifestantes bloquearam a entrada e houve tentativa de negociação. No entanto, o grupo insistiu no bloqueio da entrada do prédio.
“Diante da resistência em liberar a entrada da Secretaria e do confinamento das pessoas que estavam no local, além do acirramento dos ânimos, foi necessário o uso de um instrumento de menor potencial ofensivo (gás de pimenta) para restaurar a ordem e preservar a integridade física de todos os envolvidos, inclusive dos próprios manifestantes”, disse a corporação, em nota.
Os professores da rede pública estão em greve desde 2 de junho. Entre as principais reivindicações da categoria estão o reajuste salarial de 19,8%, a reestruturação da carreira, a nomeação de aprovados em concurso público e a correção do envio de dados de professores temporários ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o que impacta diretamente nos direitos previdenciários desses profissionais.

 

Fonte: EU Estudante

Foto: Luzo Comunicação/Sinpro-DF