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Solo “A Filha da Monga” faz temporada no Domingo no TCA de setembro

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Foto: Divulgação/SecultBA

O Domingo no TCA celebra os 30 anos de carreira da atriz Zeca de Abreu, e marca a sua formatura na Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia (UFBA), com a exibição do espetáculo “A Filha da Monga”. O monólogo tem texto inédito de Luiz Marfuz, que também assina a direção, e faz parte da programação do projeto dominical do Teatro Castro Alves. Neste dia 26 de setembro, às 11h,  o vídeo vai ar no canal do TCA no YouTube (www.youtube.com/teatrocastroalvesoficial) e, por conta da classificação indicativa, às 22h, na TVE Bahia: na televisão ou em www.irdeb.ba.gov.br/tveonline. A peça poderá ser assistida no YouTube do TCA até o dia 29 de setembro, quarta-feira.  

“A Filha da Monga” nasceu na formatura de Zeca, resgatando um ciclo interrompido há três décadas, quando a artista deixava a graduação na UFBA para integrar elencos de peças profissionais. A peça traça a história de uma jovem que é obrigada pelo padrinho a trabalhar num parque de diversões no papel da mulher que vira monstro, a Monga, seguindo os passos da mãe. Ela tenta quebrar essa cadeia de sucessão para poder viver os ritos de passagem de sua vida na infância, na adolescência e na vida adulta. Para isso, precisará enfrentar a hostilidade dos homens que, antecipadamente, reservaram um papel para ela. Entre a realidade e a imaginação, a trama percorre a jornada de afetos da história dessa mulher. 

“A peça procura tocar algumas questões incômodas que atravessam temas e instituições como a escola, a família, a religião, a psiquiatria, a sexualidade, a violência doméstica e a indústria de entretenimento. Trata-se, no fundo, da reconstituição da jornada de afetos e agruras de uma mulher”, conta Luiz Marfuz, que escreveu a obra especialmente para Zeca após um pedido da atriz que aconteceu três anos atrás. Naquela época, os dois se reuniram, Marfuz escreveu algumas cenas, mas a história não avançava muito. Foi então que, em dezembro de 2020, já durante a pandemia, o projeto foi retomado.  

“Escrevi o texto entre janeiro e março deste ano, a maior parte em Coaraci, minha cidade natal. Foi aí que me veio a lembrança da Monga, fenômeno que sempre acompanhei nos circos e parques de diversões do interior e que me intrigava muito. Eu ficava fascinado por aquela transformação e só mais tarde vim a saber que era um truque de espelho, que mulher nenhuma virava monstro. Então surgiu a pergunta-guia: qual seria a história de uma mulher que faz o papel de monstro numa tenda noturna, todos a reconhecem como tal, mas o que ela deseja é simplesmente ser mulher?”, compartilha Luiz Marfuz. 

Para Zeca de Abreu, é uma estreia especialmente simbólica, pois marca o seu retorno à Escola de Teatro depois de uma carreira artística consolidada, premiada como atriz e diretora, com dezenas de trabalhos em teatro, cinema e televisão. “Estou ao mesmo tempo completando 30 anos de carreira e me formando no curso de interpretação teatral na Universidade Federal da Bahia. Me formar tem muitos significados. Voltei a estudar porque acredito que a vida é um eterno aprendizado”, comenta a artista, que reuniu no projeto uma grande equipe artística e mobilizou uma extensa rede colaboradores, que viabilizou o projeto através de uma campanha de financiamento coletivo que arrecadou R$11 mil reais. “No meio dessa pandemia, fazer teatro é muita loucura. Estou honrada por ter tanta gente do meu lado”, complementa Zeca. 

Explorando o diálogo entre o teatro e a linguagem audiovisual, “A Filha da Monga” foi ensaiada remotamente e gravada no Galpão Wilson Melo, no Forte do Barbalho, em Salvador. O espetáculo tem direção musical de Luciano Salvador Bahia, cenário de Zuarte Júnior, figurino de Maurício Martins, desenho de luz de Fernanda Paquelet, preparação vocal de Iami Rebouças, assistência de direção de Mateus Schimith, Lucas Modesto e Ícaro Bittencourt, câmera de Hilda Lopes Pontes, Klaus Hastenreiter  e Thiago Duarte, montagem de Klaus Hastenreiter, roteiro audiovisual de Luiz Marfuz e Lucas Modesto, produção executiva de Gabrielle Guido, coordenação de produção de Luiz Antônio Sena Jr, além da participação em voz off dos atores e atrizes Aicha Marques, André Tavares, Edu Coutinho, Iami Rebouças e Kaika Alves. O projeto é uma realização da Escola de Teatro da UFBA e da Ouroboros Companhia de Investigação Teatral. 

SOBRE O DOMINGO NO TCA: O Domingo no TCA é uma iniciativa do Teatro Castro Alves, Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) e Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA), que se compromete em ampliar e diversificar o seu público frequentador, oferecendo-lhe acesso a espetáculos qualificados, das mais diversas linguagens artísticas. Desde 2007, com mais de 150 edições e cerca de 200 mil espectadores, o projeto engloba apresentações de música, teatro, dança, circo, cinema, de variados estilos e proposições estéticas, da Bahia, do Brasil e do mundo. 

Domingo no TCA 

“A Filha da Monga” 

Quando: 26 de setembro de 2021 (domingo) 

Onde: Exibição às 11h no YouTube do TCA (www.youtube.com/teatrocastroalvesoficial

  e às 22h na TVE Bahia Classificação: 14 anos

Fonte: SecultBA

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