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Meninas no vôlei conquistam vaga na final em Tóquio e garantem recorde histórico de medalhas para o Brasil nas Olimpíadas

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Foto:  Rodolfo Vilela

A seleção brasileira feminina de vôlei garantiu, nesta sexta-feira (06.08), uma medalha que representa um marco para o esporte olímpico do país. Com um triunfo por 3 x 0 sobre a Coreia no Ariake Arena, em Tóquio, construído com parciais de 25/16, 25/16 e 25/16, a equipe, comandada pelo técnico tricampeão olímpico José Roberto Guimarães, chegou à terceira final olímpica de sua história. Com isso, assegurou no mínimo a prata para o Brasil. Na madrugada deste domingo (08.08), a partir de 1h30, no horário de Brasília, as brasileiras enfrentam a seleção dos Estados Unidos na luta pelo ouro. As norte-americanas carimbaram a vaga na final ao superarem a Sérvia por 3 x 0 nesta sexta.

A medalha no vôlei feminino foi a 20ª conquistada pelo Brasil nas Olimpíadas de Tóquio. Com isso, a delegação verde e amarela quebra o recorde de pódios obtidos pelo país em uma mesma edição dos Jogos. Até então, o melhor desempenho em números totais de medalhas havia sido no Rio 2016, quando os atletas subiram ao pódio 19 vezes. Em casa foram sete ouros, seis pratas e seis bronzes.

Oficialmente, o Brasil aparece com 16 conquistas no quadro de medalhas das Olimpíadas de Tóquio. Entretanto, quatro medalhas a mais estão asseguradas e dependem apenas da definição da cor. No boxe, Hebert Conceição e Beatriz Ferreira estão na final e lutam, respectivamente, neste sábado (07.08), às 2h45, e no domingo (08.08), às 2h, nos horários de Brasília. O Brasil também está a final do futebol masculino e a Seleção Brasileira, depois do ouro no Rio 2016, tenta chegar ao bicampeonato neste sábado, às 8h30 (de Brasília), diante da Espanha. Com essas medalhas, o Brasil já havia igualado as 19 medalhas do Rio. Assim, a do vôlei feminino se tornou a 20ª conquista.

“Todo dia eu olho ali o quadro (de medalhas). E penso: ‘Poxa, será que a gente vai conseguir colocar uma medalha a mais? É importante. A gente pensa que estamos aqui com o dinheiro público. Então, se estamos aqui, estamos representando um povo. E quando as coisas não dão certo, a gente precisa pensar e repensar. Então, quando acontece essa situação, de a gente conseguir passar (para a final) e a nossa missão está quase cumprida, dá um alento. Eu vim aqui para algo, vim aqui por uma causa, e a nossa causa é representar o nosso país da melhor maneira possível”, declarou Zé Roberto.

A cerimônia de encerramento das Olimpíadas de Tóquio será realizada neste domingo. Até lá, o Brasil ainda pode conquistar mais duas medalhas. Neste sábado, a 1h30, a seleção brasileira masculina de vôlei joga pelo bronze contra a Argentina. Além disso, Isaquias Queiroz, da canoagem velocidade, disputa, também neste sábado em Tóquio, a semifinal da prova do C1 1.000m para tentar chegar à final. A prova que definirá o pódio será disputada às 23h53 da sexta-feira (06.08) no Brasil. O canoísta, que conquistou três pódios no Rio 2016, um deles a prata no C1 1.000m, busca somar mais uma medalha à sua galeria.

Com o recorde de pódios assegurado, a expectativa, agora, gira em torno da possibilidade de o Brasil igualar ou superar também o recorde de ouros em uma única edição. O melhor desempenho até aqui foi estabelecido no Rio 2016, com sete medalhas douradas.

No Japão, o surfista Ítalo Ferreira, a ginasta Rebeca Andrade, as velejadoras Martine Grael e Kahena Kunze e a maratonista aquática Ana Marcela Cunha sagraram-se campeões olímpicos. Caso Beatriz Ferreira, Hebert Conceição e a seleção no futebol conquistem o ouro, o Brasil igualará a marca do Rio 2016. E poderá ultrapassá-la se Isaquias e o vôlei feminino chegarem ao lugar mais alto do pódio.

Turbulência

As horas que antecederam a vitória sobre a Coreia foram marcadas por um período turbulento na seleção brasileira. Ainda era de madrugada em Tóquio quando Zé Roberto foi acordado para ser informado de que a campeã olímpica em Londres 2012 Tandara apresentou um resultado analítico adverso em um exame realizado fora de competição pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) no dia 7 de julho, no Centro de Treinamento de Vôlei em Saquarema (RJ).

A ABCD divulgou uma nota em que afirmou que foi constatada a presença da substância Ostarina na amostra da atleta e que, por isso, ela acabou suspensa. Impedida de continuar em Tóquio, Tandara já deixou o Japão.

Tanto o treinador quanto as jogadoras fizeram questão de registrar o apoio à atleta após a partida contra as coreanas e reforçaram que, apesar do choque e da tristeza pela notícia do corte, o elenco está fechado em manter o foco para a partida contra as norte-americanas na luta por mais um ouro para o Brasil.

Fonte: Rede Esporte/GOVBR

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