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BNews Summer: Especialista explica técnicas para amenizar sofrimento de cão em meio a fogos de artifício

Sofrimento de cão em meio a fogos de artifício pode ser diminuído com certas atitudes de tutores.

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Fim de ano chegando e os tutores de pets já começam a ficar apreensivos com possibilidade do animal se apavorar com a queima de fogos. Por ter uma audição muito mais apurada do que a dos humanos, o estrondo dos fogos incomoda bem mais a esses animais por, caso o dono deve ficar atento para evitar qualquer incidente.

Ao BNews, o médico-veterinário e especialista em comportamento animal, com certificação internacional de manejo de baixo estresse, Rafael Ramos, falou sobre a eficácia da técnica chamada contra condicionamento e desenbilização sistemática e explicou quais métodos são mais eficazes nesse caso.

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Submeter o pet a esses sons, anteriormente, faz com que ele não sinta medo na queima de fogos?

Um estudo apontou que apresentar determinados sons que o animal tende a ter medo pode ser uma boa alternativa para começar a habituá-lo com aquele barulho. Acontece que, segundo Rafael, tudo isso tem que ser feito com muita cautela e antecedência.

O especialista não negou a eficácia da técnica, mas pontuou que ela deve ser feita de forma responsável.

“Essa técnica consiste em você apresentar um estímulo, nesse caso um som, a esses animais de uma forma muito controlada e em um volume que não venha apresentar ao animal nenhum tipo de desconforto”, explicou.

Rafael ainda pontuou que o método deve ser feito de forma cautelosa, analisando sempre o comportamento do animal e sabendo entender os sinais que ele está pronto ou não para aumentar o som.

Apesar de surtir efeito positivo na maioria das vezes, a técnica tem que ser feita com muita antecedência.

“Às vezes é necessário meses de antecedência, é gradativo e cada cão vai levar um tempo diferente. Na maioria das vezes, leva um tempo grande, então o tutor não pode deixar para fazer esse tipo de treinamento muito próximo dos eventos”, pontuou.

Posso fazer algo para que meu pet não fique com medo dos barulhos?

Se enganou quem acreditou que não haveriam formas de fazer com que o cachorro não se abalasse com os estrondos. Segundo Rafael, o cachorro que ainda não vivenciou esses momentos pode ser ensinado a “gostar” do barulho.

Apesar de ser inusitado, o médico-veterinário explicou que o tutor deve criar uma condição de adaptação.

“Você vai inserir o cão a um ambiente onde sempre existiu esses sons – claro, de forma controlada – e, pareados a uma coisa positiva, como uma recompensa, fazer com que esse cão passe a gostar e ter interesse pelo som. Dessa forma, o pet aprende que esse som traz para ele boas lembranças”, disse.

Mas se meu pet já tem medo do barulho, o que eu devo fazer?

Segundo Rafael, o ideal é que o animal fique no ambiente que ele mais gosta, com as pessoas que ele mais confia e os brinquedos que ele mais ama. Ou seja, o recomendado é deixar o pet mais à vontade possível.

“O bom seria o dono fechar a porta do ambiente para diminuir os sons externos. Neste local [que o pet mais gosta] o tutor vai colocar uma música ambiente, que vai ajudar a diminuir a intensidade do som externo”, aconselhou.

Além disso, ela pontuou que tem também alguns instrumentos como abafador auricular canino que os papais ou mamães de pets pode usar no animal. “Também pode colocar feromônio que traz mais tranquilidade e relaxamento e oferecer a ele algo que ele gosta muito para ele se distraía”.

Segundo Rafael, é importante que o tutor fique ao lado do pet nesse momento.

 

Foto:Vedran Dolezal por Pixabay

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