O verão ainda não chegou oficialmente, mas fortes ondas de calor têm atingido a Bahia, principalmente Salvador. Com isso, para se hidratar, a população tem circulado com suas garrafinhas d’água para combater a sede e o calor. Mas, quem não tem sua garrafinha e precisa se manter hidratado, tem que comprar a água mineral nos supermercados e distribuidoras da cidade.
Por conta da procura, o preço do produto tem aumentado. A equipe da Tribuna da Bahia passou por supermercados e distribuidoras para verificar o preço dos produtos. No supermercado Assaí da Rótula do Abacaxi, a água mineral Indaiá, de cinco litros, está custando R$ 11,90. Já a garrafa de 1,5L da empresa custa R$ 2,19.
A água da empresa Dias D’ávila, de cinco litros, o preço é um pouco mais barato, custando R$ 8,90. Enquanto a outra opção de garrafa d’água de 1,5L era da marca Crystal, e custa R$ 2,99.
Já na distribuidora localizada no posto de combustíveis São Judas Tadeu, na região da Quinta dos Lázaros, o galão d’água de 20L é vendido a R$ 8. Um funcionário da distribuidora que preferiu o anonimato conversou com a equipe e falou que não cresceu a procura pelo produto e nem o preço teve aumento. “A vendagem segue a mesma coisa. Vende mais quando falta água. Aí o pessoal procura vir comprar o galão d’água. Mas assim, para beber mesmo por conta do calor, pouca gente tem vindo comprar”, pontuou o funcionário.
O revendedor Willie dos Santos, que trabalha na Ladeira do Funil, na Sete Portas, revendendo água mineral, contou que está precisando fazer alguns malabarismos com o preço do produto, por conta da alta procura “Eu pegava na mão do distribuidor a água de R$ 5. Agora foi para R$ 5,20. Mesmo com isso, eu mantive o preço para o cliente a R$ 10. Esse aumento de 20 centavos eu teria que repassar para o cliente e aumentar o preço do galão para, no mínimo, R$ 11. Estou perdendo 20 centavos no lucro, mas tudo isso para manter o preço e não perder o cliente”, ressaltou Willie. O revendedor ainda informou que ele vende cerca de 20 galões d’água por dia e que o aumento deve chegar no verão e que o preçoprovavelmente deve ir para R$ 12.
Lauro Filho, Superintendente da Associação Baiana das Indústrias de Água Mineral (Abiam), explicou a Tribuna como funciona a situação do reajuste no preço do produto e informou que a Abiam não tem como controlar as políticas praticadas pelas empresas. “Normalmente as empresas aumentam os preços do produto quando chega o verão. Isso se deve mais por conta de inflação, reajuste do combustível. Não pela questão da demanda, de estar calor e as pessoas estarem comprando mais água. Aliás, como toda indústria, os reajustem acompanham o mercado”, ressaltou Lauro. O superintendente ainda concluiu falando que não tem como ditar quanto vai ficar o preço do produto para o consumidor final.
Fonte: Tribuna da Bahia
Foto: Romildo de Jesus