Por Elane Varjão
Cansaço, fraqueza, perda de apetite podem denunciar a existência de esteatose hepática, ou mais conhecida como gordura no fígado. Nos quadros mais leves esta condição pode ser assintomática, já nos casos mais graves requer muitos cuidados.
Segundo o médico gastrohepatologista, Raymundo Paraná, “a doença hepática gordurosa não alcoólica é uma condição comum, cuja principal característica é o depósito de um tipo específico de gordura nas células do fígado”.
As causas estão relacionadas a alterações metabólicas como aumento do triglicérides e colesterol ruim (LDL), redução do colesterol bom (HDL), sobrepeso corporal ou obesidade, sedentarismo, alterações de glicemia ou diabetes, hipertensão arterial, dentre outras.
Estima-se que 30 a 40% da população adulta no ocidente tenha esteatose hepática, mas 10 a 20% evoluirão para uma doença sequencial com potencial de gravidade, como a esteato-hepatite não alcóolica que causa inflamação do fígado, fibrose, pode chegar a cirrose e aumenta risco de câncer de fígado.
“Pacientes obesos, com vida sedentária e os diabéticos podem transformar a esteatose simples em uma esteato-hepatite, por isso é preponderante mudar comportamentos”, ressalta Paraná.

A obesidade do tipo central, a que concentra gordura no abdômen, causa não somente esteatose hepática, mas risco coronariano e de diabetes.
A esteatose hepática é reversível com a perda de peso. Portanto, é fundamental que o indivíduo possua hábitos saudáveis, como uma boa alimentação, rotina de exercícios físicos e moderação no consumo de álcool.

