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Inflação desacelera em maio e reacende debate sobre fim da alta da Selic
sexta-feira | 13.06 | 4:16 PM

Inflação desacelera em maio e reacende debate sobre fim da alta da Selic

Com recuo nos preços de alimentos e combustíveis, IPCA sobe 0,26% e surpreende mercado; incertezas fiscais e cenário externo ainda mantêm dúvidas sobre próximos passos do Banco Central

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O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), indicador oficial da inflação, registrou alta de 0,26% em maio, abaixo da taxa de 0,43% observada em abril, conforme divulgado pelo IBGE. O resultado foi influenciado principalmente pela queda nos preços de alimentos e combustíveis, e ficou abaixo das expectativas do mercado, que projetava uma variação de 0,34%, segundo pesquisa do Valor Data.

No acumulado de 12 meses, o IPCA atingiu 5,32%, mantendo-se acima do teto da meta de inflação estipulada pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 4,5%. A meta central é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Esta é a oitava leitura consecutiva em que o índice anual supera esse limite, o que reforça os sinais do Banco Central de que a taxa de juros deverá permanecer elevada para controlar a demanda, informa O Globo.

A composição do índice de maio foi considerada positiva por analistas. O grupo Alimentação e Bebidas registrou alta de 0,17%, após ter subido 0,82% em abril. Foi a menor variação desde agosto do ano passado, quando houve queda de 0,44%. Entre os produtos com maior impacto, destacaram-se as quedas nos preços do tomate (13,52%), dos ovos (3,98%) e do arroz (4%).

Os combustíveis também contribuíram para o alívio inflacionário. A gasolina teve redução média de 0,66% nos postos, e o grupo de combustíveis como um todo recuou 0,72%. O preço das passagens aéreas caiu 11,31%, apesar de sua volatilidade usual. Além disso, a difusão da inflação, que mede o percentual de itens com alta de preços, caiu de 67% em abril para 60% em maio.

Mesmo com os sinais de desaceleração, o cenário ainda gera divergências sobre os próximos passos da política monetária. O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou em evento realizado em São Paulo que não faria comentários sobre a próxima decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), marcado para a próxima semana.

A gestora Polo Capital avalia que ainda pode haver uma elevação adicional de 0,25 ponto percentual na taxa Selic. Para o economista Arnaldo Lima, o IPCA continua acima do teto da meta, o que justificaria mais um ajuste.

Por outro lado, a economista Laura Moraes, da Neo Investimentos, acredita que o ciclo de alta foi encerrado, mas que os juros continuarão elevados até meados de 2026. Ela aponta que o cenário fiscal, agravado por discussões sobre aumento do IOF, e a inflação de serviços ainda exigem cautela do Banco Central. Segundo Moraes, o desemprego em patamar historicamente baixo pode manter a inflação pressionada por mais tempo, mesmo com a recente valorização do real.

A economista-chefe da Mirae Asset, Marianna Costa, considera que a queda do dólar deverá ter efeitos benéficos ao longo do segundo semestre, o que abriria espaço para início de uma redução da Selic no primeiro trimestre de 2026.

Gustavo Rostelato, da gestora Armor Capital, avalia que a valorização do real já teve reflexo positivo na inflação de bens industriais, que são mais sensíveis ao câmbio. Com isso, passou a descartar a possibilidade de nova alta de juros. Ele ressalta, porém, que a energia elétrica pode pressionar os preços nos próximos meses, com a aplicação da bandeira tarifária vermelha, que impõe uma cobrança adicional de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos. Em contrapartida, os preços da gasolina devem recuar, após a Petrobras anunciar uma redução de 5,6% nas refinarias.

Segundo Marianna Costa, os próximos meses historicamente apresentam inflação mais baixa, o que reforça a expectativa de que os indicadores continuarão a melhorar gradualmente entre junho e agosto.

O alívio nos dados de inflação levou a uma queda nas taxas de juros negociadas no mercado futuro. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2028 caiu de 13,78% para 13,575%, enquanto a de janeiro de 2030 passou de 13,71% para 13,675%. Os contratos de curto prazo, como o de janeiro de 2026, permaneceram estáveis em 14,85%.

O mercado acionário reagiu positivamente ao resultado do IPCA. O Ibovespa encerrou o dia com alta de 0,54%, aos 136.436 pontos. Já o dólar registrou leve valorização de 0,14%, cotado a R$ 5,569.