Na última terça (9), a Associação Empresarial de Lages (ACIL) celebrou 85 anos. Para marcar a data com uma reflexão, a organização convidou Paulo Cavalcanti para ministrar uma palestra sobre a inteligência cidadã e como esse conceito se reflete e beneficia o associativismo em prol de impulsionar a sociedade atual. Inclusive, Cavalcanti escreveu um livro sobre o tema – confira aqui o lançamento da publicação em Salvador.
Assim, num balanço da trajetória do grupo, relembrando as ações que definiram o ano da entidade catarinense e reforçando a importância do trabalho conjunto do sistema de associações comerciais do país, o presidente da ACIL, Antonio Wiggers, não poupou palavras ao comentar sobre a presença do palestrante:
“Para encerrar o ciclo de comemorações pelos 85 anos da ACIL, foi espetacular contarmos com a palestra de Paulo Cavalcanti. Eu o conheci em um evento da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), em Santos, e convidei-o imediatamente para vir até a nossa cidade. É uma grande referência que sai de Salvador, na Bahia, e espero vê-lo de novo trazendo temas como esses.”
Sobre Paulo Cavalcanti
Assim, a palestra de Paulo Cavalcanti — escritor, advogado, presidente do Conselho Superior da Associação Comercial da Bahia e coordenador da Comissão Nacional de Articulação da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil — girou em torno da ideia de inteligência cidadã: a capacidade de compreender o país para além dos slogans, identificar os verdadeiros gargalos e assumir responsabilidade individual e coletiva na transformação do ambiente de negócios e da democracia.
Em seguida, Wiggers resumiu o espírito da noite: a presença de Paulo e a participação ativa dos associados criaram “esse sentimento de tentar mudar”. “A frase não é mero entusiasmo. Toca num ponto que Paulo martela em suas falas: se já sabemos onde estão os bloqueios, por que seguimos hesitando em superá-los?”
Portanto, a resposta, segundo o escritor e palestrante, passa por três pilares que se encontram no associativismo: organização, educação cívica e ação coordenada. Na prática, um associativismo como motor, a cidadania como disciplina e a inteligência cidadã como um horizonte possível.
“Nada de soluções mágicas. Apenas método e o lembrete incômodo mas necessário de que a transformação começa quando cada cidadão decide sair da plateia, abandonar a posição confortável do espectador e assumir seu papel na construção do país”, convoca Cavalcanti.
Foto: divulgação/ACIL

