sexta-feira | 06.06 | 10:16 AM

Rage rooms ganham espaço no Brasil como forma inusitada de aliviar o estresse

Inspiradas em conceito japonês, salas da raiva permitem que participantes quebrem objetos em ambientes controlados; experiência promete alívio momentâneo da tensão

0Comentário(s)

Inspirado em uma prática que surgiu no Japão em 2008, o conceito de “rage room”, ou “sala da raiva”, tem ganhado força no Brasil. Trata-se de um ambiente seguro e controlado onde as pessoas podem liberar sentimentos negativos destruindo objetos com marretas, tacos de beisebol e outros itens. A proposta, que se espalhou globalmente, já está presente em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Contagem (MG), com experiências que podem custar até R$ 1.800, informa O Globo.

As rage rooms permitem que os frequentadores descarreguem tensões ao quebrar diversos tipos de objetos, que podem ser fornecidos pelo próprio local — geralmente com cobrança por unidade — ou levados pelo participante. O valor das sessões varia de acordo com a duração da atividade e já inclui os equipamentos de proteção, como capacetes, óculos e macacões. Há também exigências quanto ao vestuário: não são permitidos sapatos de salto e o uso de calças e calçados fechados é obrigatório.

Ao final da atividade, os participantes não precisam se preocupar com a limpeza, que fica a cargo da equipe do estabelecimento. Os objetos utilizados são, em geral, danificados ou sem uso e são destinados à reciclagem, o que evita o desperdício de materiais.

Especialistas afirmam que esse tipo de experiência pode contribuir para a liberação de hormônios como a endorfina, proporcionando sensação temporária de bem-estar. No entanto, profissionais de saúde alertam que os efeitos são apenas passageiros e que salas da raiva não substituem tratamentos adequados para questões como ansiedade ou estresse crônico.

Foto: Reprodução/Instagram/Sala da Raiva e The Rage

Em São Paulo, a Rage Room CT, localizada no bairro do Tatuapé (Rua Francisco Vieira, 89), é considerada uma das primeiras do país. As sessões partem de R$ 25 por 30 minutos com até três pessoas. O participante paga adicionalmente pelos itens que deseja destruir, como garrafas (R$ 1), discos (R$ 3), copos (R$ 5), pratos (R$ 10) e eletrodomésticos como TVs e micro-ondas (a partir de R$ 50). O espaço também oferece a opção de destruir um carro antigo, em grupo de até 10 pessoas, por R$ 1.800 — serviço que exige agendamento prévio de 20 dias.

No Rio de Janeiro, a Destruction Zen, no bairro da Glória (Rua Santo Amaro, 160), funciona de quarta a domingo, das 14h às 22h, com agendamento via WhatsApp. A entrada custa R$ 45 por 20 minutos, com itens para destruição a partir de R$ 5. Há ainda descontos de 10% para grupos como mães, casais e famílias. O local permite que os visitantes tragam objetos próprios para destruir (sessão especial por R$ 90) e autoriza o uso de até duas garrafas long neck por pessoa, desde que compradas no bar do espaço.

Em Contagem (MG), a Sala da Raiva está situada na Rua José Barra do Nascimento, 1750, no bairro Eldorado. O funcionamento ocorre às quintas e sextas, das 18h30 às 21h30, e aos finais de semana e feriados, das 16h às 21h30. Por R$ 49,90, os clientes podem quebrar seis garrafas, um eletrônico pequeno e ganhar um item de brinde. Objetos extras custam a partir de R$ 1. O espaço também oferece vale-presentes e condições especiais para grupos.

Goiânia (GO) também conta com uma rage room: a The Rage, localizada na Rua 85, nº 1469, setor Marista. Funciona de quarta a sexta, das 16h às 19h, e aos sábados e domingos, das 15h às 19h. Os agendamentos podem ser feitos pelo site ou WhatsApp. A experiência custa a partir de R$ 50 e inclui quatro garrafas e dois itens adicionais para destruição.