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Pesquisa mostra piora no estilo de vida do brasileiro durante Pandemia

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Foto: Marcelo Casall/Agência Brasil

Os resultados da primeira etapa de uma pesquisa promovida por universidades federais mineiras, revelou que o maior tempo de tela e a prática de menos atividade física fez com que o estilo de vida do brasileiro piorasse durante a pandemia. Publicados em artigo nas revistas Public Health Nutrition e na Frontiers in Nutrition. A pesquisa foi realizada em conjunto pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pelas universidades federais de Lavras (Ufla), Ouro Preto (Ufop) e Viçosa (UFV).

No estudo que foi iniciado cinco meses após o início das medidas de distanciamento social, foi mostrado que os hábitos alimentares pioraram. Em relação às refeições, diminuiu a frequência de realização de café da manhã, lanche e almoço, por outro lado, aumentou a realização de lanches noturnos e outras refeições além das tradicionais. Houve aumento de consumo de pães, farináceos, refeições instantâneas e fast food. O consumo de frutas e vegetais, por sua vez, caiu.

No estilo de vida, houve mudança no consumo mais frequente de bebida alcoólica, aumento na frequência no hábito de fumar, e no tempo de utilização de telas e dispositivos. Antes da pandemia, os participantes da pesquisa relataram média diária de seis horas e meia de exposição. Durante a pandemia, esse número subiu para dez horas por dia.

A pesquisa também mostrou que houve redução na prática de atividade física.Os voluntários que responderam ao questionário informaram praticar em torno de 120 minutos por semana no período pré-pandemia e o índice caiu para 80 minutos por semana com as restrições para evitar a circulação do novo coronavírus. A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é uma prática semanal de 150 a 300 minutos.

Para a realização do estudo, foram aplicados questionários online entre agosto e setembro de 2020. Os dados reúnem respostas de 1.368 pessoas de ambos os sexos, com idade a partir de 18 anos. Quase 90% são da região Sudeste e 80% são mulheres. Entre os respondentes, 97% disseram estar cumprindo as medidas de distanciamento social.

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