Por Valéria Cassseb
Há pouco tempo atrás, meditação era apenas uma prática milenar adotada por pessoas que buscam equilíbrio e qualidade de vida, sem muita comprovação científica ou tantas pesquisas ligadas ao assunto. Mas isso vem mudando na última década com um interesse cada vez maior pela comunidade científica em relação ao mindfulness. Mas por quê? Estudos vem evidenciando que a meditação é muito mais do que uma técnica de relaxamento ou método terapêutico. Ela é capaz de mudar a capacidade do nosso cérebro, melhorando a cognição, atenção e até mesmo a estrutura cerebral, trazendo vários benefícios para saúde mental e física.
Regulação da emoção e controle do stress
Quando o assunto é trabalho, o benefício mais evidente é o aumento da produtividade. Isso porque a ínsula, parte do cérebro ligada à sensação de dor e emoções, é regulada.
Vale lembrar que uma das causas da ansiedade são as respostas demasiadamente rápidas aos estímulos – e como temos recebido estímulos em excesso, o sistema de alerta também acaba sendo ativado sem necessidade. A neurociência explica que, quando praticamos o mindfulness, aumentamos o intervalo de tempo entre um estímulo e a resposta do nosso cérebro – que a ínsula faz de maneira instantânea. Com o controle dos impulsos, passamos a administrar melhor o stress.
Aumento do hipocampo
Outra boa notícia é que a meditação altera nossa estrutura cerebral, de forma positiva. O hipocampo, área responsável pela memória e aprendizado pode ser aumentada após semanas de prática de mindfullness, reduzindo a massa cizenta da área responsável por luta ou fuga.
Hoje o protocolo de aplicação de mindfulness mais estudado pela neurociência é o Mindfulness-based Stress Reduction (MBSR) que comprova que o mindfulness traz melhorias significativas para o cérebro.
Meditar pode:
Reduzir a pressão arterial
Melhorar a qualidade de sono
Melhorar sintomas de depressão e ansiedade
Aumentar a capacidade cognitiva
Auxiliar na memória e aprendizado
