Foto: ivulgação/Codeba
Segundo informações analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan), as exportações baianas cresceram 20,4% em outubro, ante o registrado em igual mês de 2020, alcançando US$ 921,3 milhões. As importações acusaram crescimento maior, recuperando o fôlego perdido no segundo trimestre, tendo incremento de 71,7%, chegando a US$ 791,1 milhões, puxadas pelos combustíveis e pelo aumento das cotações de commodities energéticas no mercado internacional.
Apesar do crescimento das exportações e de seus preços médios, houve uma desaceleração do crescimento das cotações das commodities minerais e agrícolas, além do início da entressafra. Houve também menor embarque para a Argentina (-24%), depois de meses seguidos de crescimento. A queda se deu pela falta de componentes decorrente dos gargalos nas cadeias de produção, que vêm prejudicando, sobretudo produtos industriais (mecânica, automotiva, química) e à escassez de dólares na Argentina, que mina as importações de empresas.
No acumulado do ano, as exportações baianas alcançaram US$ 8,24 bilhões, com alta de 29,6% em relação a igual período do ano anterior, e já supera toda a receita obtida anual de 2020 que foi de US$ 7,84 bilhões As perspectivas poderiam ser melhores, se uma série de indicadores da Europa e da Ásia não apontassem na direção de um crescimento mais fraco dessas economias no terceiro trimestre, afetado por problemas com as cadeias de suprimentos globais, forte aceleração da inflação e impacto da variante delta da Covid-19.
Já pelo lado das importações, o resultado de outubro foi influenciado pelo aumento do volume desembarcado de combustíveis (principalmente nafta), e também pelo impacto do aumento dos preços desses bens, como uma série de outros produtos industriais afetados pela crise de abastecimento de componentes. O aumento das compras externas a partir de agora também está ligado à retomada da atividade econômica e também pelo crescimento dos preços de insumos.
No acumulado até outubro, as importações atingiram US$ 6,14 bilhões, com crescimento de 52,1% sobre o mesmo período do ano passado. A importação de combustíveis (139,4%) e de fertilizantes (49,5%), devem continuar pressionados, respectivamente, pela crise hídrica e pela expectativa de safra recorde em 2021, o que explica parte da aceleração mais recente de preços das importações.