Os estudos para o registro foram realizados pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), unidade vinculada à Secult-Ba, após a Irmandade do Rosário solicitar a patrimonialização dos festejos e o Conselho Estadual de Cultura aprovar a inclusão da Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos no Livro do Registro Especial dos Eventos e Celebrações.
Para o diretor geral do IPAC, Marcelo Lemos, a patrimonialização da festa é também uma forma de reparação. “A Irmandade Rosário dos Pretos, desde o século XVII, se reuniu para que os escravizados pudessem ter um lugar de acolhimento. Então, é muito importante mantermos essa festa, que também sustenta essa igreja e faz parte do calendário baiano. A patrimonialização reforça e reconhece a importância da Irmandade para a nossa história”, afirmou.
Capelão da Igreja do Rosário dos Pretos, Padre Lázaro Muniz celebrou a patrimonialização. “Nós estamos muito alegres com esse ato do Governo do Estado em reconhecer a Festa do Rosário como um Patrimônio Cultural Imaterial. Isso nos faz entender que esse legado tem que ser preservado por todos nós, além de nos motivar a manter viva a tradição recebida pelos nossos ancestrais”.