
A cobertura da morte da brasileira Juliana Marins, 26 anos, pelo Jornal Nacional, da TV Globo, gerou forte repercussão negativa nas redes sociais. Internautas acusam a emissora de tratar com frieza e superficialidade a tragédia, que mobilizou milhares de pessoas durante os dias de buscas na Indonésia.
Na edição da última segunda-feira (24), o principal telejornal do país dedicou apenas 34 segundos ao caso. Para muitos, o tempo reduzido foi visto como uma demonstração de descaso diante da comoção nacional que se formou após a confirmação da morte de Juliana.
A jovem desapareceu após sofrer uma queda durante uma trilha no vulcão Rinjani, localizado na ilha de Lombok, na Indonésia. Depois de quatro dias de buscas, seu corpo foi encontrado em uma fenda, a cerca de 600 metros abaixo da trilha principal.
A tragédia ganhou grande visibilidade após um momento de esperança no sábado (21), quando um drone localizou Juliana com vida, presa entre rochas e ainda se movendo. As imagens emocionaram familiares e amigos que, do Brasil, acompanhavam as buscas com expectativa. A confirmação da morte veio apenas na manhã da segunda-feira (23), divulgada pela própria família nas redes sociais.
Nos comentários nas redes sociais, muitos usuários apontaram um contraste entre a cobertura da Globo e a de veículos independentes ou regionais, que acompanharam o caso com mais profundidade e sensibilidade. Alguns chegaram a comparar o espaço dado à tragédia com o tratamento midiático dedicado a outros brasileiros mortos em circunstâncias no exterior, sugerindo diferenças de abordagem por perfil social ou geográfico.
Até o momento, a emissora não se pronunciou oficialmente sobre as críticas.
Enquanto isso, familiares de Juliana seguem mobilizados para o traslado do corpo da jovem ao Brasil e têm recebido apoio de autoridades locais e da comunidade brasileira na Indonésia.