Um projeto pioneiro implantado em São Paulo está permitindo que recém-nascidos deixem a maternidade já com a nova Carteira de Identidade Nacional (CIN). A proposta visa reforçar os mecanismos de prevenção ao tráfico de pessoas e ao desaparecimento de crianças, informa Jornal da Band.
O casal Carlos e Vanessa, pais de primeira viagem, acaba de receber o pequeno Eduardo e participou do programa experimental da Polícia Civil. A emissão do documento foi feita diretamente na maternidade e a identidade chegou em dois dias à residência da família.
A iniciativa está sendo testada no Hospital do Servidor Público Estadual, que foi escolhido para ser a primeira unidade a receber o sistema. Desde o início do projeto, mais de 23 recém-nascidos já foram identificados, e a previsão é atingir cerca de 300 registros até o fim da fase experimental, que segue até o final deste ano.
Com a nova tecnologia, é possível capturar e processar digitalmente a impressão digital do bebê, o que antes não era viável com os equipamentos antigos. Segundo Amabile Pauletto, chefe do Serviço de Identificação Civil de São Paulo, agora o sistema consegue registrar, analisar e classificar essas imagens de forma eficiente.
A intenção, após a conclusão dos testes, é ampliar o uso da tecnologia para outras unidades de saúde da capital e, futuramente, para todo o país. “Isso garante que os bebês não sejam trocados ou raptados. É uma segurança a mais, pois eles já passam a integrar formalmente a sociedade”, afirma Amabile.

