terça-feira | 17.06 | 7:47 AM

Manifestantes protestam no Farol da Barra contra exportação de animais vivos

Ato nacional reuniu advogados, veterinários e ativistas em Salvador para denunciar maus-tratos e impactos econômicos e ambientais da prática

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Na manhã deste domingo (15), um grupo de manifestantes se reuniu no Farol da Barra, em Salvador, em protesto contra a exportação de animais vivos. O ato faz parte de uma mobilização nacional que aconteceu simultaneamente em 25 cidades de 14 estados, com a participação de mais de cem organizações, segundo o Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal.

A manifestação contou com a presença de advogados, veterinários e ativistas, que denunciaram casos de maus-tratos e o descumprimento de normas sanitárias no transporte e abate de animais exportados para países da Europa e do Oriente Médio, informa A Tarde.

“A exportação de animais vivos é um triplo desastre: legal, ambiental e econômico”, afirmou Patrícia Aguiar, porta-voz da campanha “Não Exporte Vidas”, promovida pelo Movimento Nacional pelo Fim da Exportação dos Animais Vivos.

Críticas à prática

Os organizadores do protesto criticam a exportação por submeter os animais a sofrimento desde as fazendas até o abate. A ativista Patrícia Aguiar também destacou os impactos sociais e econômicos negativos do setor.

“Não arrecada impostos, gera pouquíssimos empregos e é insalubre. De fato, serve apenas aos interesses de poucos empresários às custas do sofrimento coletivo”, declarou.

Números e contexto internacional

Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil exportou mais de 1 milhão de bovinos: Entre bois, vacas e bezerros, apenas em 2024, com destinos como Turquia, Egito e Iraque.

Em contrapartida, países como Alemanha, Reino Unido, Índia e Nova Zelândia já aboliram a exportação de animais vivos, alegando razões de bem-estar animal e sustentabilidade.